A Existência Negativa

29-01-2012 11:23

 

 

Kabbalah, Deus, Incriado, Ain, Soph, Aur, ocultismo, magia, espiritualismo, árvore da vida, vermelha    O homem sempre buscou em toda cultura, dada certa época da evolução e adaptação da humanidade a este mundo, por algo para se apegar e crer. Muitas destas crenças começaram puras e com o objetivo de iluminar o homem a um novo patamar. Isso é o que era chamado comumente de religião. Pena que o que vemos hoje não é o verdadeiro sentido de buscar Deus e sim o eumesmismo exacerbado e sem precedentes. Para entendermos o homem, temos que entender Deus. E antes do homem buscar Deus, Ele nos buscou.

 

    "Em um não-lugar onde não havia onde, tudo não existia. Não se sabe dizer o que era, só pode-se dizer o que não era. Afinal, aquele que descreve o Tao é pois, ainda um ignorante. Não conhece o Tao. O Incriado, ou seja, o Ain Soph, permanecia em sua impenetrável e irremovível fixidez absoluta. Nada sabia, pois não precisava de nada saber. Nada queria, pois não havia nada. Nem Ele. De nada necessitava pois estava acima até da perfeição, afinal até esta não existia. Porém em dado momento, ou seja lá o que for, afinal não havia tempo nem firmamento, Ele decidiu por algo. Não se sabe o que o moveu à esta decisão. Nem se sabe qual foi sua decisão. Só se especula que a partir deste momento um mar inteiro de perfeição e imensidade explodiu numa maravilhosa apoteose arrasadora de silêncio absoluto. Deus "nasceu"."
 

    A Árvore da Vida, antes das sephiroth, caminhos e tudo o mais, precisa de um ponto inicial de onde vir e para onde convergem. O que acontece é que este ponto focal não existe no sentido mais puro da palavra. O que eu quero dizer é que o ponto inicial onde se pode dizer que havia uma espécie de Vontade da Criação, era a própria Vontade de Criar de Ain Soph (ou En Soph).

 

    Os sábios, ocultistas, religiosos, místicos, jamais poderão compreender a grandeza do Absoluto enquanto condicionados a viver a realidade tal qual compartilhamos em nossas vidas. O máximo que podemos compreender da magnificência de Deus é Kether, A Coroa. Ainda assim, é por isso chamada Coroa, pois está acima da cabeça. Portanto ainda longe da compreensão infanto-juvenil de certos buscadores, e iniciados (talvez até alguns que se julguem adeptos) dos mistérios.

 

    Para que se compreenda primeiro a Árvore da Vida e saborear cada um dos seus frutos é preciso que cada um de nós volte ao útero de nossa Mãe/Pai Ain Soph, a Não-Existência.

 

    Muitos ateus dogmáticos afirmam a todo pulmão que Deus não existe sem que ao menos haja uma especulação filosófica acerca disso. Bom, vamos deixá-los brincar com seus bloquinhos enquanto perguntamos o que veio antes do Big Bang. A situação não muda muito quando vemos pessoas das mais variadas religiões batendo no peito inflado e gritando que "Deus existe!". Deixemo-los também brincando com suas palmas, esperando a nave mãe levá-los num arrebatamento de um tal fim do mundo que nunca vem (O mais engraçado que a religião de muita gente se manifesta e se baseia num fim do mundo, né? Ô gente pra gostar de desgraça!). Nós, estudiosos das Ciências Ocultas, temos que pôr em mente que há uma correspondência entre o microcosmo e o macrocosmo. Se temos uma natureza animal, uma emocional, uma mental, uma espiritual e uma anterior a tudo isso, então o que faz o Universo ser diferente?

 

    A ação como reflexo dos nossos pensamentos superiores se manifesta em nós através de sentimentos para depois se converter em realização. O que acontece com o universo é parecido.

 

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    Olam ha Atzilut (Mundo da Emanação) é onde a Vontade está plena. O Deus Criador, portanto Manifesto, está um pouco abaixo desta localização (metafisicamente falando) da Etz ha Chiim (Árvore da Vida). Olam ha Briah (Mundo da Criacão), é onde o Manifesto acaba por se dividir e se confundir em Criador e Criatura. Podemos dizer que esta é a mente da Criação, pois é aqui que as ideias dela vivem (É, tudo é vivo. Não é uma surpresa, né?) e seus arquétipos, nas estruturas mais densas desta realidade, dão forma a tais ideias. Olam ha Yetzirah (Mundo da Formação). É aqui onde as as ideias que tomaram formas nos arquétipos de Briah tomam forma, por assim dizer. Este é um mundo de pura emoção, luz, cor e fantasmagoria. Este é o lar da emoção, onde a informação de Briah toma a forma pictórica que permite uma apreenção. Lar dos elementais, gênios, orixás, devas, demônios e todos os outros seres fantásticos. Aqui a Vontade de Deus se manifesta pela emoção. Olam ha Asiyah (Mundo da Ação): este é o nosso mundo. O Universo conhecido. Tudo de fantástico acontece aqui, pois é a razão da Existência. A partir de Malkuth se conhece Kether. Assim como é abaixo, também é acima.


    Todas as dez sephirot estão relacionadas com os quatro mundos, saindo sua disposição. Sabemos agora o que NÃO É Deus.

    Acima de toda a Existência estão os véus da Existência-Negativa. Estes são Ain (ou En), Ain Soph (ou En Soph) e Ain Soph Aur (ou En Soph Aur). Nada, Nada Absoluto e Nada Absoluto de Luz, respectivamente. Não poderei falar nada deles agora, pois não conheço muito para ensinar acerca disso, e precisaria de mais um post pra explicar. Mas brincando a gente já viu o que é a Existência-Negativa, a Árvore da Vida, os 4 Mundos e Deus. Nada mal... Bom, os próximos textos vão explicar detalhadamente cada dente que move esta fabulosa engrenagem...
 

A gente se vê.
Shalom,

- Leichgeist!

 

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A Existência Negativa:

e por falar em tudo ser vivo! (2)

Data: 30-01-2012 | De: Paulo Augusto Jr.

lendo sue texto eu lembrei das minhas primeiras aulas de microscopia (o meu professor é fera nisso), lembro dos debates ferrenhos que tive com meu professor acerca do que é "vivo" e do que "não é vivo"! tinhamos opiniões totalmente diferentes, ele dizia que pra ser vivo deveria ter todas as características de uma tabela que ele nos deu, se faltasse alguma já não era mais um ser vivo, seria uma "entidade" na linguagem científica! mas resumindo isso me deixou muito triste por nossa ciência ainda não reconhecer que o TODO é vivo!
A Paz Reverencial!

Re:e por falar em tudo ser vivo! (2)

Data: 08-02-2012 | De: Leichgeist

Nossa... Quantas vezes eu já não entrei em discussão por causa disso. haha Mas cada um com sua visão de mundo. Tem que vir de dentro.
Abraços Fraternos.

E por falar em tudo ser vivo...

Data: 29-01-2012 | De: Pedro

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teoria-radical-explica-origem-evolucao-natureza-vida&id=010125120128#.TyRNNcuTgn0.facebook

Re:E por falar em tudo ser vivo...

Data: 30-01-2012 | De: Leichgeist

Muito bem colocado, Pedro!
Eu tinha visto esta reportagem e fiquei muito animado. Será que dessa vez a humanidade abre os olhos?
Abração!

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