Cura com Alimentos - Parte II

Alimentos Saudáveis

    Nos últimos anos há uma grande onda de preocupação com o que consumimos. Hoje as pessoas levam em consideração os alimentos que adquirem. Mas será que a maioria das pessoas realmente param pra pensar sobre o tema ou se deixa levar pelo modismo “natureba” e “zen” que tem tomado conta do Ocidente?!

    As culturas antigas tinham os alimentos como sagrados. Para elas, uma vez consumido ele se torna parte de nós. Tanto que elas faziam festas e oferendas aos deuses logo no começo de suas colheitas, como podemos ver nessa passagem da Bíblia: "Guardarás a Festa da Sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo. Guardarás a Festa da Colheita à saída do ano, quando tiverem recolhido do campo os frutos do teu trabalho." (Ex 23:16)

    Paracelso nos diz que todo mineral, vegetal e animal que consumimos se torna parte do nosso corpo. E que eles tem uma espécie de inteligência/alma dentro de si, e essa alma é que alimenta nossos corpos sutis.

    Alimentos “vivos” e “mortos”

    Para os hindus os alimentos eram classificados de acordo com sua qualidade de pureza ou vitalidade. Eis as categorias:

    Sátwicos: alimentos recém colhidos e sem nenhum processamento. São os que recém saem da terra e vão direto pra nossa mesa. Como exemplos temos as verduras, frutas e legumes crus. Estes possuem 100% de sua vitalidade, nos proporcionando muita energia natural, tanto para o corpo material como para os corpos sutis.

    Rayásicos: alimentos que passaram por algum tipo de processamento, como os que são colhidos, lavados e empacotados crus ou cozidos. Esses possuem apenas 50% de sua vitalidade, mesmo assim ainda podem ser utilizados com um bom aproveitamento de energia. Sendo mais úteis ao corpo material do que aos sutis.

    Tamásicos: alimentos industrializados, refinados, processados, congelados, embutidos, enlatados... e que já estão muito longe da sua forma natural. Esses tem 0% de vitalidade, não nos proporcionam nada mais do que substâncias químicas ao nosso corpo físico e praticamente nada de energia vital aos corpos sutis. E que infelizmente abundam nos dias modernos.

    Partindo dessas definições concluímos que os vegetais in natura tem grande valor no que tange à energia vital para a revitalização de nosso organismo como um todo. Mas como fazer pra trazer alimentos sátwicos para nossa mesa nessas dias de grande correria? Por acaso só selecionando as coisas que compramos no mercado? Ou é preciso algo mais profundo?

    A resposta é óbvia: cultive alimentos em casa!

    “Mas como? Minha casa é pequena, moro num apartamento!”

    Agricultura Urbana: a nova conexão com a natureza

    Uma sugestão é a Agricultura Urbana, com suas técnicas ela auxilia os mais despreparados na questão do cultivo. Nos mostra como fazer um cultivo simples e fácil. Com uma pesquisa rápida pela net, você vai encontrar muita coisa interessante que qualquer leigo em agricultura possa pôr em prática. Tais como plantar temperos verdes, verduras e plantas medicinais em vasos, sacadas ou pequenos caixotes de madeira são exemplos práticos abordados pela Agricultura Urbana.

    Assim além de consumirmos alimentos bem naturais, também estaremos ingerindo o amor e o carinho que proporcionarmos a elas. Aumentando ainda mais seu poder de alimentar-nos e curar-nos.

    Conheço muitas pessoas que além de praticar técnicas alternativas de agricultura também usam de técnicas de aplicação de bioenergia (Reiki, Passe, Johei, Okiyome...) o que auxilia as plantas a “produzirem” mais energia e ficarem mais bonitas.

    Na parte III desse texto, eu coloquei algumas técnicas básicas para que vocês mesmos possam cultivar suas plantas aromáticas, medicinais e comestíveis, em casa, usando espaços pequenos e sem muito esforço.

Referências: 

- Revista Gnosis, Ed. 05, 1º semestre 2011 - Agricultura orgânica: do culto ao cultivo.

-Irmão Folha Verde.