Princípios Astrológicos

24-08-2012 13:15

 


“Você não pode ensinar nada a um homem. Pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo” - Galileu Galilei

 

Partindo deste pressuposto, começo uma série de textos que tem como intenção entender o sentido e algumas das infinitas possíveis interpretações dos símbolos e conceitos astrológicos. Mas, antes de tudo, vamos definir o que seria este campo de estudo que interessa a tantos e causa estranheza em muitos outros.

 

A Astrologia, segundo Dane Rudhyar, é o resultado do esforço que o homem faz para compreender o caos e a confusão aparentes das experiências da sua vida; relacionando-as com um padrão organizado, de atividade cíclica, que ele descobre no céu. Alguns a chamam de arte, outros de ciência; alguns dizem que depende de sensibilidade, mas também há quem diga que sua base é a análise crítica. Ao mesmo tempo, existem aqueles que pensam que tudo e nada disso é necessário para a compreensão de um mapa astral. Neste ponto, entra algo difícil de segurar nas mãos ou pôr no papel: vivência. Não uma vivência meramente baseada em exemplos lidos ou vistos, mas também calcada em reflexões constantes a partir destas amostras.

 

Com aquilo que é fornecido pela Astrologia, podemos entender como algo pode se desenvolver e o que o impedirá de atingir níveis mais elevados. Não se trata de prever como e quando será o casamento de Fulano ou quando deverei apostar na loteria, mas as tendências e potencialidades inerentes aos seres humanos e ao meio que os cerca. Existe a possibilidade de, a partir disso, cogitarmos cenários, mas serão sempre extrapolações com chances de nunca acontecerem.

 

O foco desta série de estudos, no entanto, é entender a Astrologia em sua aplicação na personalidade dos indivíduos, não de eventos. Como o macro se manifesta no micro.

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O universo se baseia em ciclos, e tais ciclos são, nada mais que, sucessões de inícios e fins. Um sinal de que algo precisa constantemente ser criado e destruído, persistindo a necessidade do órgão fecundante e do fecundado, aquele que traz a vida e o que a acolhe. Todos eles, indicadores do caráter dual que governa nossa existência.

 

Percepções de tal afirmação têm sido feitas há tempos pelos mais diferentes povos que ocuparam nosso pequeno globo azul. Segundo a compreensão dos taoístas, a partir do nada primordial surgiram os dois pólos (Yin e Yang), como representado pelo símbolo do Hotu, que, em seguida, se transforma no Taiji, a manifestação do equilíbrio dinâmico das forças complementares que regem o universo. Uma das belezas da representação do Taiji é mostrar como, no auge de cada um dos extremos, há o nascimento de seu oposto.

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                                                 Hotu                                                        Taiji

 

Entre as leis herméticas registradas no Caibalion, também está uma constatação semelhante:

 

"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"

A Astrologia não é exceção deste padrão dual visto universalmente. Ela, pelo contrário, reforça a todo instante como é essencial a noção de que há complementariedade em tudo o que se vê e sente. Entre nossos comportamentos, podemos perceber momentos de extroversão e introversão, atividade e inércia, progresso e conservadorismo.

 

Nos baseamos no princípio de que os signos podem ser divididos em masculinos/positivos e femininos/negativos. Enquanto alguns se dispõem a criar novos projetos, enfrentar desafios, pensar conceitos revolucionários; outros se ligam à conservação daquilo que possuem, realização do que foi planejado, reflexão sobre as conquistas. Do mesmo modo que sem a luz não há sombra, sem momentos de recolhimento não é possível que se assimile o que foi experimentado.

 

Os signos positivos pertencem aos elementos fogo e ar, enquanto os negativos são de terra e água. Percebe-se assim que aqueles ligados a elementos de expansão (fogo e ar) tendem a criar aquilo que será consolidado pelos elementos de contração (terra e água). Abaixo há uma representação dos signos em suas casas naturais e seus respectivos pólos (positivo ou negativo).

 

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Há este conceito também em alguns dos planetas utilizados pela Astrologia*. Marte é masculino, enquanto Vênus é feminino. O mesmo ocorre com Sol e Lua. Isso ocorre porque, no caso de Sol e Lua, o primeiro é o responsável por fornecer a luz/energia que sustenta a vida em nosso planeta, enquanto o segundo a reflete nos momentos em que aquele não se encontra visível no céu. Nem por isso, a Lua tem um papel secundário, tanto que considera-se como sua virtude a humildade, uma vez que ela transmite uma luz que nem mesmo é dela. 

 

Já Marte é o deus guerreiro, ao passo que Vênus é a deusa do amor e beleza. O primeiro usa sua energia para conquistar e a segunda se dedica a manutenção de sua beleza divina.

 

Claro e escuro, dia e noite, céu e terra. Tudo está ao nosso lado representando a dualidade universal que também existe dentro de nós. Nos resta abrir os olhos e usar a sabedoria para compreendê-la.

 

Os detalhes relativos aos planetas, signos, elementos e casa serão abordados em artigos específicos. Então, como reflexão final, recomendo a leitura deste texto.

 

*Neste ponto, é importante destacar que nos estudos astrológicos, Sol e Lua também são considerados planetas, diferente do conceito Astronômico. É possível encontrar também o título de “luminares”, dado a estes dois corpos celestes.

 

Fraternalmente,
Tilion

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Data: 09-03-2018 | De: eduarda maria da silva

nao entendir nada do assunto quero um resumo sobre o assunto

o/

Data: 25-08-2012 | De: Emerson

Parabéns! Muito bom o Artigo, muito sucesso com a nova coluna! ^^

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